
Homenagem pelo dia do Trabalho
No dia primeiro de maio comemoramos o DIA DO TRABALHO. É
muito justo ter um dia no calendário para esta homenagem. A Igreja
atribui grande valor à atividade humana responsável pela realização dos
projetos dos homens e mulheres que conseguem o seu sustento no sentido
mais pleno da palavra por meio do engajamento no mundo do trabalho.
Na Constituição Pastoral Gaudium Et Spes do Concílio Vaticano II há uma reflexão belíssima sobre o trabalho humano e que vale a pena ser aqui transcrita: “Com
o seu trabalho o homem sustenta regularmente a própria vida e a dos
seus, associa-se aos seus irmãos e os ajuda, pode exercer a caridade
fraterna e colaborar no aperfeiçoamento da criação divina. Bem mais
ainda. Pelo trabalho oferecido a Deus nós cremos que o homem se associa à
própria obra redentora de Jesus Cristo, que conferiu uma dignidade
eminente ao trabalho, quando em Nazaré trabalhou com as próprias mãos.
Segue-se daí, para cada um o dever de trabalhar fielmente e também o
direito ao trabalho. Compete também à sociedade, de sua parte, de acordo
com as circunstâncias vigentes, ajudar os cidadãos, para que eles
possam encontrar ocasião de trabalho suficiente. Enfim, o trabalho deve
ser remunerado de tal modo que se ofereça ao homem a possibilidade de
manter dignamente a sua vida e a dos seus, sob o aspecto material,
social, cultural e espiritual, considerando-se a tarefa e a produção de
cada um, assim como as condições da empresa e o bem comum.” (Nº 425)
Vivemos numa sociedade onde as relações
do trabalho são difíceis, as oportunidades são cada vez menores para uma
grande maioria, o avanço tecnológico deixa muita gente fora do mundo do
trabalho, pois a exigências de capacitação tomam cada vez mais
impossível para uma multidão o aceso a alguma atividade que passou por
tal processo.
Sabemos na necessidade vital do trabalho
para a conquista da qualidade de vida digna. Quando as pessoas
trabalham e conseguem o seu sustento e da sua família com o suor do
rosto se sentem valorizadas e escapam do assistencialismo que prendem as
pessoas à dependência política, por exemplo.
No dia do trabalho devemos agradecer a
Deus que deu ao homem e à mulher de todos os tempos a capacidade de
suprir as suas necessidades com atividades tão belas: agricultura,
ciência, tecnologia, artes, música, esportes, educação, comércio,
cultura, família, empresas, inúmeras profissões e ofícios até mesmo no
universo da religião. Nestas e em outras atividades o ser humano
expressa as suas criatividades e as coloca a serviço dos seus
semelhantes.
Louvamos a Deus por todos aqueles que
fazem do seu trabalho um salmo de louvor e ação de graças àquele que é a
fonte de todos os dons. O nosso muito obrigado a todos que fazem do seu
suor uma fonte de alimento para a humanidade.
Reconhecemos que ainda há muitas
situações onde o trabalho se torna um fardo muito pesado pelas condições
desumanas e subumanas nas quais se realiza. Sabemos que muitos homens e
mulheres amargam o peso de cargas horárias insuportáveis com salários
miseráveis. Constata-se que nem sempre os mais ricos são os que mais
trabalham.
O sonho de Deus é que o trabalho seja
uma atividade geradora de dignidade para todos. O lucro não deve ser o
objetivo final do trabalho e este é abençoado quando se torna partilha
para que todos usufruam os frutos alcançados.
Obrigado Senhor pelo trabalho e por
todos os trabalhadores e trabalhadoras de todos os cantos e recantos da
terra. Que todos sejam livres dos perigos próprios de suas atividades e
que possam ser felizes construindo uma sociedade justa e fraterna.
Parabéns, trabalhadores e trabalhadoras!
+ Dom Eraldo Bispo da Silva
Bispo Diocesano de Patos-PB
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